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O que vi em "O choro" por Marcia Francisco


“Uma criança ou adolescente não sabe muito da vida, nem de vocabulário”. dizem. Quando li “O Choro” percebi que mesmo adulta continuo sabendo pouco da vida, mas meu vocabulário enriqueceu bastante e já consigo saber qual é o significado das palavras apatia e empatia. Mesmo sabendo que aquela criança nos braços do Roni era simbólica, senti empatia por ela e por sua representatividade.

Ainda não entendo quais motivos levam algumas pessoas a destilarem tanto ódio gratuito, prepotência, arrogância ou falsa distribuição de amor, hipocrisia demasiada e etc. Acredito que a resposta possa estar no passado delas, mas o que mais me intriga nos dias de hoje é a “apatia”, que, em minha opinião, vem depois de toda essa fúria e é o mais grave de tudo.

Diante de todos os sentimentos contraditórios que nós brasileiros possamos sentir, (brasileiros, porque o Roni usara uma bandeira do Brasil, mas cabe ao mundo também), ao ler O CHORO, consigo ter certeza do que eu temia. Estamos vivendo em total apatia nos últimos anos.

Entendam: sei bem do que estou falando, isso é notório em rodas de amigos, mas principalmente nas redes sociais.

O dicionário diz que apatia é “falta de emoção, motivação, entusiasmo” e não consigo pensar em definição melhor para todo esse sentimento que tenho observado nas pessoas tentando se expressar, sem conseguir.

Honestamente, não consigo entender. A apatia atinge todos os tipos de pessoas; as saudáveis, as com um bom patrimônio, as mais simples, as rodeadas por uma família amorosa, intelectuais e etc.

Algumas andam por aí com o corpo enquanto a alma já se foi e outras se despedem do mundo por não o suportarem.

Talvez seja excesso de choro, talvez a falta dele. São tantos “porquês” que acredito que misture sentimento da raiva com indignação e ódio, muito ódio. Passados esses momentos de stress pelos quais nem mais consigam chorar, talvez sintam que estão mais leves e então: você os vê, mas não estão ali.

A arte pode salvar essas pessoas? Eu acredito fielmente nisso. Expressar-se, colocar para fora o que se sente, mesmo que abstrato evita a doença da apatia, muitas vezes irreversível.

NOTA: O texto da Marcia é uma contribuição voluntária na Comemoração de 1 Ano deste BLOG, inaugurado em 24 de janeiro de 2016. Com o envio do texto a Marcia se inscreveu no concurso e foi escolhida para realizar um ensaio fotográfico externo,

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O que vi em O choro - Por Marcia Francisco ( 1 ano de Blog)

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