Certo dia caminhando pela avenida Paulista, permeável e atento a cada passo, foi como se eu tivesse ouvido um doloroso choro. O choro vinha dos lugares desprezados e ignorados como se fossem invisíveis, tratados como mera passagem de acesso. Entendi que muitos de nós somos como estes lugares chorando em silêncio. Esta performance trata de um abandono que eu considero o pior de todos, quando você ainda está lá, mas é como se não estivesse!
A criança não é apenas o filho negligenciado literal, mas na potência ampliável em múltiplas escalas da metáfora, pode ser nosso próprio futuro, nosso país, nós mesmos e tudo o que “nasce” de nós. Sendo assim, o choro engolido e ignorado também é de todos nós.
Diário de Bordo: http://www.ronidiniz.com.br/single-post/2016/10/18/O-Choro-performance-Di%C3%A1rio-de-Bordo
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