Poema de Roni Diniz
3 de jun de 20191 min
É um universo que se fez dança, harmonia e fluxo
É uma dança que virou fotografia, vídeo e versos
É um átomo que virou célula, órgão e corpo
É um encontro, yin-yang, híbrido, polar, múltiplo
É um beijo que marejou salivas, fluidos e gemidos
É um multiverso que se perdeu ao tocar suas partes
É um conjunto de partes, tempos e momentos que se flertam
É um universo que se entende ao se perceber entre o Todo.
É um ato artístico, portal, morte, abismo, divino e alucinante
É um resgate abrupto, dançante, sedutor e onírico
É um ato ingênuo da criança ou ancião que sabe sem saber
É um mar que encontra a gota e de longe se contemplam
É um caos de pontos de vista que se organizam e rasgam-se
É um conjunto duro de diversidades que se reparte e renasce
É um êxtase coletivo e consciente que ama, se anima e coexiste
É um conjunto de abismos que se unem e se preservam
É um som ancestral e cósmico que perpassa um corpo
É um baile de véus que mantém a identidade dos mistérios
É um conjunto de células que se refletem e se recriam
É um relógio atemporal soando infinitas possibilidades
É um som a vibrar em silêncio, vazio e paz fluorescente
É um ser único e qualquer, e sendo, somos.
07/05/19 Roni Diniz
Uma meditadança cheia de mar, silêncio e alma, brotou uma foto que brotou uma arte e poema e ecos que se materializam. A arte aqui é uma sequência que busca traduzir as vibrações e sensações mais sutis que o corpo desenhava ao encher-se e esvaziar-se...