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Toque o Foda-se por Amor!


Toque o Foda-se por Amor! Tarzan

Nunca subestime a sacralidade de um “Foda-se!” É provável que quando começamos a expressar pela fala ou outras manifestações, um comportamento que se aproxime do que as pessoas estão acostumadas a chamar de espiritualidade, cultura de paz, entre outros, muitos criem inconscientemente ou mesmo maliciosamente, certas expectativas sobre você! Ainda que a sua busca por evolução e amor não represente nenhum tipo de "selo validador" e nem demérito, afinal é normal que expressemos aquilo que estamos vivendo ou intencionando experimentar e isso não precisa ser interpretado como qualquer tipo de "contrato comportamental" sob o qual você somente poderá agir "assim ou assado"... Este equívoco pode ocorrer devido ao fato de desconhecerem que muitas vezes é justamente um belo “Fooooda-se” que desencadeia uma profunda libertação de padrões e medos que bloqueavam a sua descoberta da real espiritualidade e do amor genuíno, viciando-nos em uma zona ilusória, embasada pelo apego ao controle e ao fantasma dos olhares alheios sobre nós, com seus julgamentos e expectativas ferinas.

Sempre amei estudar o comportamento humano, e claro, me usando como laboratório, junto com todo o material precioso que as pessoas com quem eu tenho a oportunidade de conviver e aprender me oferecem. É muito fácil verificar que não existe nenhum tipo de Amor se não houver antes o “amor-próprio”; a raiva e a intolerância não passam de um reflexo dos nossos diálogos internos, estes são aqueles filmes que deixamos ficarem se repetindo em nossa mente e acionando determinados padrões de emoções em nós, muitas vezes não percebemos como e nem quando que esses “passageiros” entraram em nosso veículo, mas é fácil perceber como estão influenciando nossas decisões, escolhas, pontos de vista e as experiências que estamos escolhendo viver. Redescobri que o famoso “amor-próprio” é inseparável do autoconhecimento, pois como poderia amar algo que não conhece e nem se interessa em conhecer? O autoconhecimento não tem como se manter em águas rasas, inclui perceber, assumir e respeitar os próprios limites, e estes limites não são estáveis e nem deveriam ser. A experiência de amor-próprio e autoconhecimento também é indiscutivelmente um exercício constante de aprender a delimitar o próprio espaço, saber e poder expressar com leveza os próprios “nãos” que muitas vezes, numa sociedade bélica e competitiva, sistemas e famílias abusivas e pressionadores, brotam na forma de um amoroso e salvador “Foda-se” interno que pode te oferecer a “permissão” de finalmente descobrir e se aproximar de quem você realmente é sem máscaras.

Ousadia Amorosa

Observo que o resultado, não raro, é que esta “ousadia amorosa” vai se refletindo de forma positiva naturalmente nas relações externas, ao dizermos "não" quando é não e "sim" quando é sim, acontece um “milagre”! Vamos aprendendo a também ouvir e aceitar os “nãos” dos outros a partir do referencial interno que armazenamos quando percebemos que foi tão bom dizer o nosso não um dia e percebê-lo sendo respeitado, primeiramente por nós mesmos e depois pelos outros. O efeito curativo de exercitar, conhecer e expressar os nossos nãos ainda traz de bônus uma cura da raiva reprimida que ficamos de nós mesmos toda vez que percebemos que nos submetemos novamente a uma relação abusiva para nós, ainda que, para o outro lado talvez realmente não houvesse nenhuma intenção de abuso… Não estou me referindo aqui àquelas pessoas com distúrbios psicológicos que realmente aplicam comportamentos de manipulação e "sugação energética". Excluindo-se estes casos, talvez percebamos que muitas vezes uma proposta ou acordo que nos soe abusivo pode não passar de um convite para exercitarmos o nível de nosso autoconhecimento e amor próprio, examinando se ainda sentimos culpa por expressar um “não” ao que não nos convém ou simplesmente não estamos interessado em fazer por hora… Ou se nos obrigamos a nos submeter e ainda dizemos sim ao abuso. Se a tal culpa estiver nos brechando, convém abrir aquelas perguntas libertadoras que não precisam de respostas imediatas: “A quem pertence isso?”, “Quando e por que eu disse sim para este padrão abusivo de relacionamento no passado?”. Assim, fazendo uso de perguntas clareadoras podemos até descobrir a origem mais antiga destes padrões em nós, mas o interessante é substituir imediatamente o padrão e seus sentimentos atrelados por autoafirmações positivas como: “É segura expressar meus nãos!”, “É saudável perceber e delimitar meu espaço com leveza e graça”...

É muito provável que perceberá, ainda que cada um tenha o seu próprio tempo e ritmo, que você também não insistirá mais em atravessar o espaço do outro assim como também se sente cada vez mais livre, seguro e autônomo nas suas próprias escolhas, aceitando e aprendendo a lidar também com os próprios erros.

É neste aspecto que vamos percebendo como tocar o “Foda-se!” é uma grande prova de amor por si próprio e pelos outros também! Finalmente você percebe e se recusa a assinar os contratos de autossabotamento mútuos sugeridos sistematicamente nas relações cotidianas. Perceberá quando tentarem te manipular por meio de implantes de medo e chantagens emocionais para que você volte a se desrespeitar fazendo o que eles “dizem” serem o certo para todos, mas que fere sua alma e te deixa incapaz de vibrar amor por hora… Perceberá chantagens com jargões que usam "favores", e até a gratidão e o amor para camuflar uma manipulação, pois gratidão e amor impostos já saíram totalmente da vibração original. Fazer algo “por que tem que ser grato” ou por que “tem que amar” é como querer se limpar lavando-se com lama, enxugar gelo, etc…

Desapegue-se da autoanulação

Autoanulação não tem como se conciliar com Amor, assim como água não se mistura com óleo, mas perceba como autoanulação combina e se completa com desamor… E se algum dia você assinou esses contratos sociais nocivos mencionados, não é o único, lembre-se que todo contrato pode e deve ser cancelado se não é justo e saudável entre as partes ou simplesmente se você mudou e não quer mais isso para você. Um acordo justo só serve para manter acordos que são interessantes e proveitosos para as duas partes!

É muito importante ressaltar que o “Foda-se” libertador e germinador do amor, não vem em hipótese alguma carregado de rancor ou ataque, nem mesmo de autodefensiva, mas sim de amor! Quando tocamos o “Foda-se” carregados de raiva, nos colocamos em um outro cárcere tão inóspito ao amor quanto a culpa anterior por não se corresponder aos desmandos sociais… Mas não se decepcione se perceber estes botões acionados juntamente com o seu “Foda-se!”, experimente observar e transmutar o que está motivando o seu ímpeto e os efeitos… Inspire-se e recomece quantas vezes necessitar, não hesite em dizer “Foooooda-se” a tudo aquilo que te impede de vibrar o amor que você tem aí dentro e tá louco para exalar ao mundo!

NOTA: Este texto é do começo deste ano, tenho certeza que há muitas referências, mas tudo aqui foi escrito do meu jeito, risos, quando eu o escrevi já me lembrei imediatamente desta foto que fiz numa festa a fantasia num sítio e participei em 2011. Tá bem! Confesso que a demora em postar foi também porque eu tinha dúvidas se a mensagem seria compreendida e se não ofenderia ninguém, então percebi que eram essas vozes sociais me sabotando, por isso mesmo escolhi "Tocar o Foda-se por Amor" já desde esta escrita!

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